13 de setembro de 2010

não sei se alguém vai ler isso. mas eu realmente senti falta de escrever aqui :)
vou fazer uma história, aos poucos, mas ela não será longa. vamos ver no que vai dar.




Não se compra um coração

Capítulo I
Atravessei a rua correndo. Perdi o taxi, e meus pais estavam me esperando. Íamos viajar. Achei bom a princípio, pois precisava ficar longe de Phillip por uns dias. Mas agora, sentia meu coração apertado como se estivesse partindo pra sempre. Como se estivesse deixando meu inútil coração aqui, com ele. E ele mal sabia. Isso dói.
Passei pelo grande relógio da praça da principal. 16h30. Estava definitivamente atrasada. Mas achava que era tarde demais para ligar para casa e dizer que podiam ir sem mim, que ficaria na casa de Kayla. Em um movimento quase que involuntário e rápido, tirei meu celular de dentro da bolsa. Ligando para casa? Antes fosse.
- Phil, estou indo viajar. Ficarei incomunicável por uns dias. Alguma palavra? Uma frase? Algo mais? E eu fico.
Pude sentir o silêncio me queimando por dentro. Os segundos passavam e meus olhos ardiam.
- Desculpe, Kat. Nada mais.
Desliguei o celular, e continuei correndo contra o vento. As lágrimas vieram discretas. Mas por dentro me sufocavam. Nunca mais ia procurá-lo. Nunca mais.
Cheguei em casa, já estava tudo pronto. Depois disso, a única coisa que eu queria, era entrar naquele avião.
Fui ouvir um pouco de música, mas todas me lembravam Phillip. Então, deitei a cabeça no banco, e fechei os olhos. Chorar me deixou definitivamente cansada. Dormi por muito tempo, e só percebi isso quando acordei horas depois com a forte luz do sol que vinha da janelinha do avião, direto em meu rosto.
Bem cedinho, novo dia. As únicas coisas realmente comestíveis do café da manhã foi a salada de frutas e a tortinha de maçã. Comida de avião não era de minha preferência. Mas dormindo perdi tantas refeiçõezinhas como essa, que estava faminta. Depois, o tempo não foi tão injusto comigo, e o resto da viagem passou depressa.
Logo que chegamos à casa da praia, tirei o salto, e fui correndo molhar meus pés na água. Sentia falta do calor, morando em uma cidade tão congelante. Areia quente entre meus dedos, aquele mar. Aquele verde. Tão lindo quanto os olhos dele. Senti outra lágrima escorrer.
Não podia me deixar abater. Ele não tinha coração. Se não tinha, não significava que teria de dá-lo o meu. Tinha quem merecia mais. Zac. Ele sim merecia. Pude perceber um leve sorriso em meu rosto.

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